quarta-feira, 11 de junho de 2014

A maldade que existe no mundo


Hoje venho escrever sobre um assunto que não gostaria, é inquietante e triste. Quando vejo noticias assim mentalizo que todas as coisas ruins que podem acontecer conosco poderiam ser transportadas para uma sociedade paralela, fechada a sete chaves. Uma caixa de pandora com toda a crueldade do mundo e esta caixa guardaria todo o mal antes que ele pudesse concretizar-se.
Eu não conhecia a moça e a vi uma ou duas vezes em alguma foto de uma amiga que temos em comum na maior rede social do mundo, o facebook. Mesmo assim, sem nenhum tipo de contato físico ou cibernético que trouxesse proximidade entre nós, a notícia de seu desaparecimento foi algo triste de ler.
Por dia, lia em média no mínimo duas ou três vezes alguma notícia na minha timeline devido ao compartilhamento desesperado de amigos e colegas com o intuito de que alguém a pudesse reconhecer e fornecer qualquer informação que levasse ao seu paradeiro.
Tatiane Jezualdo sumiu assim, do nada. Cinco minutos antes estava em casa, cinco minutos depois deveria estar no ponto de ônibus para pegar a van ao trabalho (do qual não se encontrava mais quando o transporte passou). Algo acontecerá neste meio tempo de cinco minutos que causou o seu desaparecimento. Com a informação de uma senhora que a viu entrando em um carro (escuro e bom segundo seu relato), não sabia se foi ameaçada ou entrado por livre espontânea vontade.
O mal da época em que vivemos hoje é a crueldade livre, espontânea e gratuita a quem quer que seja. Pessoas matam desconhecidos pelo simples tédio de não estarem fazendo nada, pessoas traficam seres humanos por dinheiro e pessoas estupram e torturam sem nenhum motivo aparente e mesmo que houvesse algum motivo, nada justificaria. Pelo contrário, nunca será justificável nenhuma ação ruim contra o próximo.
E o pior de tudo é que o ato contra a nossa vida pode vir de qualquer um. Do seu vizinho, irmão, pai, mãe, namorado, marido, conhecido, colega de faculdade, de trabalho, tio, tia... Infinitas possibilidades até chegar a um completo estranho que passa na rua. O que nos choca (ainda mais do que o próprio ato) é quando este é concebido por alguém do nosso circulo. Este parece que dói mais porque o mal estava lá, o tempo todo, convivendo conosco.
Esta manha ao pesquisar novas informações sobre seu paradeiro e no fundo torcendo para que fosse alguma crise existencial dos vinte e poucos anos e que a qualquer momento retornaria para casa; a primeira a ser destacada é de que sua morte foi confirmada (pela investigação e confissão do próprio causador). O autor é um colega de trabalho e o seu corpo, até o momento, ainda não foi localizado.
Eu e tantos outros desconhecidos estávamos torcendo em silêncio para que o desfecho fosse feliz... Meus profundos pêsames aos familiares e amigos.

Obs:
Em 17 de dezembro de 2009, foi sancionada a Lei nº 12.127/2009 que cria o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos, resultante de uma ampla discussão nacional somada aos trabalhos de investigação da CPI de Crianças e Adolescente Desaparecidos.
Em fevereiro de 2010 a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República – SDH/PR em parceria com o Ministério da Justiça - MJ e com o apoio da Rede Nacional de Identificação e Localização de Crianças e Adolescentes Desaparecidas - ReDESAP, desenvolveram o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidas. 

De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em média, 57 pessoas desaparecem por dia no estado de São Paulo. Cerca de 80% voltam para casa por iniciativa própria, mas há uma parcela cujo paradeiro se torna um mistério para amigos e familiares por anos a fio.
Segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, o perfil da maioria de crianças e adolescentes desaparecidos é o mesmo das que são exploradas sexualmente: entre 12 e 17 anos de ambos os sexos. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 80% das 2,5 milhões de pessoas vítimas de tráfico humano no mundo foram cooptadas para fins de exploração sexual.   Fonte Veja

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