terça-feira, 29 de dezembro de 2009

De 1989


Quando eu era criança eu queria ser grande, adulta e responsável… Tipico dona do seu nariz.
Eu pegava a calculadora e calculava o ano que eu teria 15 anos, depois 18 e mais depois 20. Tentava imaginar como eu seria, como eu agiria, o que eu teria, o que eu faria nessa idade. Criancice né?! No que me lembro eu esperava conquistar, comprar, viver, chorar e sorrir. Eu queria sofrer por amor, suspirar paixões, fazer loucuras por alguém.
Viver aventuras com melhores amigas, fugir a noite para sair, mentir para encobertar a outra. Ser o centro do mundo para alguém, ser o motivo de uma insonia, de um desespero, de uma alegria....
Entender o que era amor com amizade e amizade com amor. Ganhar flores e bombons. Dizer “eu te amo” para uma pessoa muito especial. Ansiava jogar pelo menos uma vez  na vida um prato no chão, um copo na parede e rasgar algumas roupas por fúria. Ter vários compromissos, ter um trabalho importante de faculdade, ir a academia, uma reunião inesperada e uma viagem imperdível.
Participar daquele grupo legal de pessoas, daquele time, da galera.  Me lembro que eu queria ter a minha casa – minha -, não grande, não pequena… confortável, desejava chegar a noite, tomar banhos demorados, colocar aquelas camisolas espetaculares, se aconchegar no sofá e ler.
Queria entender o que era opção sexual, porque judiavam das crianças, porque batiam nos idosos. Fazer A viagem com as amigas, A vigem com os colegas de faculdade, A vigem para um evento de trabalho. Ir para um lugar maravilhoso e conhecer um  amor no verão, no inverno, no outona e na primavera.
Entender o que era uma noite de saideira, o clube da luluzinha, das conversas constrangedoras porém hilárias. Desejava ser diferente, atraente, legal, bonita, inteligente...
Pensava nas noite em que eu chegaria cansada depois da faculdade, depois de um jantar, de uma reunião, de uma festa ou de um relacionamento… Eu só queria ter uma profissão legal, uma carreira, independência, reconhecimento!!
Ter amor, ter família, amigos, ter dinheiro... Era tanta coisa que eu queria ser!!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

16 ou 17 coisas

que você precisa saber sobre uma pessoa tatuada.

1. Não, ela não quer falar sobre isso.
2. Sim, ela teve coragem. Ao contrário de você, que está pensando em fazer uma tatuagem há 14 anos.
3. Não, ela não se arrependeu.
4. Ela é tatuada, não tatuadora. E não quer dar a você todas as dicas de como, onde, quando e que desenho tatuar.
5. Cuidado com perguntas do tipo “Você trabalha com tatuagem?” se não quiser ouvir respostas do tipo “Sim, eu não tiro a tatuagem para trabalhar”.

6. A não ser que pinte um clima, não saia botando a mão.
7. Não, ela não é um outdoor, nem um pássaro, nem um avião. Pessoas tatuadas não gostam de ser assistidas como se fossem um filme. Nem de ser observadas e avaliadas como num programa de calouros. Evite dar voltas em volta dela, olhando de cima a baixo.
8. Pode parecer estranho, mas, não, ela não quer chamar atenção. Pode parecer ainda mais estranho, mas as tatuagens são desenhos dela para si mesma, não para os outros. E têm muito mais a ver com o que ela quer dizer para si mesma do que para o mundo.
9. Perguntas do tipo “E essa aqui, o que significa?” só significam uma coisa: você é um chato. Gostaria de ouvir perguntas do tipo “O que significa o seu cabelo chanel?”
10. Proibido fotografar, filmar, tocar ou comer no recinto.
11. Não, ela não quer pensar em um desenho para você tatuar.
12. Sim, ela respeita se você achar ridículo. Mas nem tudo precisa ser dito. Ou ela será obrigada a opinar sobre o seu enorme brinco de pena.
13. Doeu, sim. Mas o que dói mesmo é esse seu olhar de turista.
14. Sim, ela já sabe que você é louco pra fazer uma, mas nunca teve coragem. A pergunta é: “E daí?”

15. Não, ela não tem tatuagem onde você está imaginando.
16. Sim, ela trabalha num lugar muito democrático. Ou usa terno e gravata.

Autoria do Blog: hojevouassim.blogspot.com/

domingo, 22 de março de 2009

Você se encaixa aqui ?!


As mulheres interessantes não precisam ter corpos esculturais, com seios volumosos, bunda arrebitada, etc, etc e tal. Elas não precisam agir de forma anormal para ser percebida, ou ser efusiva, extravagante ou muito menos usar um debote no umbigo.
Não necessitam de ser amadas por todos a sua volta, preferencialmente pelo  sexo masculino, não querem essa atenção e nem precisam.
Mulheres interessantes não se preocupam em dar boa impressão, elas apenas agem como sempre agiram. Se ela sorri é porque sente vontade de sorrir. Não querem ser legais quando não querem ser legais, mas são gentis.
Elas têm histórias para contar. Não de seus amores passados ou de suas conquistas e saias justas causados pelo sexo oposto. Histórias relacionada a sua infância, experiências (boas ou ruins), viagem que realizou mas nunca com soberba,  na gentileza de expressar o melhor que adquiriu e tentar quem sabe um dia convencer você a ir também.
Sempre com sutileza, delicadeza e simplicidade as mulheres ditas como comuns se tornam interessantes. E se tornaram assim porque sabem o que falam. Elas falam. Ela tem o que falar de interessante que te faça parar, prestar a atenção e ouvir.
Porque depois de quinze minutos de conversa a sua beleza não será tão apreciada e ele(a) começará a prestar a atenção no que você esta dizendo, e as mulheres gostosas, fúteis e lindas deixam de ser interessantes porque elas não possuem conteúdo. Seu conteúdo é o seu celular, sua roupa e sua soberba.
As mulheres interessantes são formadas por você, eu e todas que tem algo a expressar. Somos fortes e frágeis ao mesmo tempo. Somos simples no amor, na amizade, transparência e lealdade (porque algumas vezes a lealdade é mais importante que a fidelidade).
Guerreiras. O que nós possuímos são as coisas que nós conquistamos, não foi papai nem mamãe que deram. E são essas conquistas que nos forma, desenha, esculpe nosso carácter, desenvoltura, ética... a mulher que há em nós mesmo sendo necessariamente novas.
As mulheres interessantes são independentes, colocam seu futuro em primeiro lugar, seus desejos e vontades. Sempre procuram a sua felicidade, e se essa felicidade incluir um homem... elas se dão por inteiro também....

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Maneira de ser...

Pode invadir ou Chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de Revidar. Acordo pela manhã com ótimo humor mas ... permita que eu escove Os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais. Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo. Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa. Respeite meu choro, me deixe sozinha  só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. ( Então fique comigo quando eu chorar, combinado?). Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes. Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ... Goste de música e de sexo. goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua família .. isso a gente vê depois ... se calhar ... Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto. Não me conte seus segredos ... me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar ... experimente me amar.