sexta-feira, 10 de julho de 2015

Mês de Frida



Única e intensa, Frida Kahlo pode ser considerada uma mulher a frente de seu tempo e cheia de vida – mesmo com todas as dificuldades que precisou enfrentar, desde doenças a traições – e se tornou, ao longo dos anos e até depois de sua morte, um ícone das artes e do universo feminino.
Frida Kahlo nasceu Magdalena del Carmen Frida Kahlo Calderón em 6 de julho de 1907 e morreu em 13 de julho de 1954. Quando criança, a poliomelite deformou sua perna e pé direitos, amputados anos mais tarde.
“Por eu ser jovem”, ela disse, “o infortúnio não assumiu o caráter de tragédia: eu sentia que tinha energias suficientes para fazer qualquer coisa em vez de estudar para virar médica. E, sem prestar muita atenção, comecei a pintar.”
Ficou com sequelas pra vida toda de um grave acidente sofrido aos 18 anos. Teve três abortos, foi traída diversas vezes pelo marido, o consagrado pintor mexicano Diego Rivera, 21 anos mais velho. Ele inclusive teve um caso com a irmã dela Cristina.
Mesmo com a fragilidade do seu corpo e saúde, Frida teve uma vida intensa, rica e produtiva. É uma das mulheres mais importantes e revolucionárias do mundo. Listamos (apenas) cinco fatos que provam isso.

É uma artista genial
As imagens surreais, saídas de sonhos, sentimentos, pintadas em cores vibrantes nos transportam ao universo de Frida. Produziu mais de 200 obras, entre autorretratos, retrato de familiares, natureza morta. “Eu pinto a minha realidade”, dizia. Fez parte da vanguarda surrealista, ao lado de Pablo Picasso, Marcel Duchamp, André Breton.

Quebrou tabus na sua época
Bissexual, ativista política, comunista, transgressora, teve romance com mulheres e homens; o mais famoso deles foi com Leon Trotsky. Virou símbolo do feminismo. Foi filiada ao Partido Comunista Mexicano e participou da luta de trabalhadores mexicanos.

Casou com o mesmo homem duas vezes
A paixão pelo marido, Diego Rivera, foi tanta eles se casaram duas vezes, em 1929 e 1940. Eles se conheceram quando ela tinha 21 anos.

Não ligava pra padrões
Gostava de se vestir como homem quando era adolescente, escandalizando a conservadora sociedade mexicana da época; usava sobrancelhas grossas, bigode, terno e gravata. Adotou a estética da cultura mexicana, usando roupas e acessórios coloridos, estampas tropicais, grandes argolas e brincos, guirlanda de flores na cabeça.

‘Alma do México’
É assim chamada porque o povo mexicano vê no sofrimento dela o seu próprio. Para muitos mexicanos, a arte de Frida representa a luta do México contra a violência e busca de identidade.

Em 2012, A Vogue México deixou de lado as modelos para sua capa de novembro e estampou a publicação com ninguém menos que a pintora Frida Kahlo (1907-1954). Quase 60 anos após a morte da artista mexicana, com imagem feita pelo fotógrafo Nickolas Muray, Frida estampa pela primeira vez a capa de uma revista de moda.

Frida escreveu pela última vez em seu diário: "Espero a partida com alegria... e espero nunca mais voltar... Frida."

Fontes

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