Por que já é a metade de cinquenta e alguma coisa eu devo ter absorvido de todos os socos que levei desta moça chamada vida.
Cozinhar com amor
Até meus vinte e um anos cozinhar não era o meu forte e não
porque não soubesse cozinhar, muito pelo contrário, sempre cozinhei mas
simplesmente o-di-a-va. Muito.
Fazia a muito custo um arroz, uma salada e jogava uns bifes
panela... Oh insatisfação que eu sentia toda vez que chegava em casa varada de
fome e para sacia-la tinha que esquentar a barriga no fogão. Para evitar este
mal humor culinário, partia logo para o prático - santo nissim, pão com ovo,
arroz com ovo e carne moída.
Acontece que cozinhar é um dom, é prazeroso, relaxa, te
instiga a prender coisas novas, te coloca em um verdadeiro jogo de paciência e
claro, mexe com a sua expectativa.
Quando percebi que nas noites que eu resolvia cozinhar
(noites muito raras, só para esclarecer) nem que fosse uma simples macarronada
ao molho branco, um strogonoff e afins, eu me sentia muito bem. Bem por estar
preparando um jantar legal para pessoas que gosto, você quer caprichar e deixar
tudo perfeito, pensa na bebida que irá acompanhar o prato, escolhe os copos, os
ingredientes a dedo, etc, etc.
Foi neste momento que percebi que cozinhar na minha vida se
tornou um Hobbie, uma válvula de escape para aqueles dias cinzentos e
estressantes, uma forma de manter perto as pessoas que amo e mostrar a elas que
são especiais.
Então, se eu cozinhar para você é a mesma coisa que eu estar
dizendo "eu te amo".
Ah, é algo que com o tempo você acaba se interessando, programas culinários nunca foram tão instigantes como antes, haha.
Ah, é algo que com o tempo você acaba se interessando, programas culinários nunca foram tão instigantes como antes, haha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário