Única e intensa, Frida Kahlo pode ser considerada uma mulher a frente de
seu tempo e cheia de vida – mesmo com todas as dificuldades que
precisou enfrentar, desde doenças a traições – e se tornou, ao longo dos
anos e até depois de sua morte, um ícone das artes e do universo
feminino.
Frida Kahlo nasceu Magdalena del Carmen Frida Kahlo Calderón em 6 de
julho de 1907 e morreu em 13 de julho de 1954. Quando criança, a
poliomelite deformou sua perna e pé direitos, amputados anos mais tarde.
“Por eu ser jovem”, ela disse, “o infortúnio não assumiu o caráter de tragédia: eu sentia que tinha energias suficientes para fazer qualquer coisa em vez de estudar para virar médica. E, sem prestar muita atenção, comecei a pintar.”
Ficou com sequelas pra vida toda de um grave acidente sofrido aos 18
anos. Teve três abortos, foi traída diversas vezes pelo marido, o
consagrado pintor mexicano Diego Rivera, 21 anos mais velho. Ele inclusive teve um caso com a irmã dela Cristina.
Mesmo com a fragilidade do seu corpo e saúde, Frida teve uma vida
intensa, rica e produtiva. É uma das mulheres mais importantes e
revolucionárias do mundo. Listamos (apenas) cinco fatos que provam isso.
É uma artista genial
As imagens surreais, saídas de sonhos, sentimentos, pintadas em cores
vibrantes nos transportam ao universo de Frida. Produziu mais de 200
obras, entre autorretratos, retrato de familiares, natureza morta. “Eu
pinto a minha realidade”, dizia. Fez parte da vanguarda surrealista, ao
lado de Pablo Picasso, Marcel Duchamp, André Breton.
Quebrou tabus na sua época
Bissexual, ativista política, comunista, transgressora, teve romance
com mulheres e homens; o mais famoso deles foi com Leon Trotsky. Virou
símbolo do feminismo. Foi filiada ao Partido Comunista Mexicano e
participou da luta de trabalhadores mexicanos.
Casou com o mesmo homem duas vezes
A paixão pelo marido, Diego Rivera, foi tanta eles se casaram duas
vezes, em 1929 e 1940. Eles se conheceram quando ela tinha 21 anos.
Não ligava pra padrões
Gostava de se vestir como homem quando era adolescente,
escandalizando a conservadora sociedade mexicana da época; usava
sobrancelhas grossas, bigode, terno e gravata. Adotou a estética da
cultura mexicana, usando roupas e acessórios coloridos, estampas
tropicais, grandes argolas e brincos, guirlanda de flores na cabeça.
‘Alma do México’
É assim chamada porque o povo mexicano vê no sofrimento dela o seu
próprio. Para muitos mexicanos, a arte de Frida representa a luta do
México contra a violência e busca de identidade.
Em 2012, A Vogue México deixou de lado as modelos para sua capa de
novembro e estampou a publicação com ninguém menos que a pintora Frida
Kahlo (1907-1954). Quase 60 anos após a morte da artista mexicana, com
imagem feita pelo fotógrafo Nickolas Muray, Frida estampa pela primeira
vez a capa de uma revista de moda.
Frida escreveu pela última vez em seu diário: "Espero a partida com alegria... e espero nunca mais voltar... Frida."
Fontes
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